sábado, 24 de abril de 2010

CRôNICA DE UM AMOR VERDADEIRO

Sempre escrevo sobre meus animais quando eles morrem pelo menos os últimos... Sinhá (uma gata preta), July (uma boxer). Nunca escrevi sobre eles quando ainda estão vivos enchendo minha vida de alegria e sabedoria, sim para mim é possível aprender muito com nossos amigos de quatro patas, principalmente sobre tolerância e paciência.
Antes de apresentá-los a Ísis gostaria de fazer um parêntese explicativo. Sempre fui bicheira, desde que me entendo por gente estou cercada de bichos. Foram muitos gatos (Fofa, Sandoval, Fedora, etc.), cachorros, uma coelha, um sagüi, um periquito jandaia, 2 australianos e 3 canários do reino que vieram como dote do marido quando casei. Meu bisavô, o velho Antônio, tinha uma filosofia sobre o caráter das pessoas: quem não gosta de animais, crianças ou plantas tem algum problema. Nunca quis ser problemática, para além da normalidade problemática das pessoas, me tornei bicheira, criançeira e planteira. Hoje em casa tenho os 3, por precaução.
Ìsis nasceu mais ou menos 3 ou 4 dias depois que Sinhá morreu, ela foi atropelada em frente de casa, era Abril de 2001. Fiquei tão infeliz com a morte repentina de Sinhá que pela primeira vez na vida não queria ter bichos, achava que estava no meu limite para perdas. Duas semanas depois deste acontecimento uma amiga ligou oferecendo um filhote de gato, ela estava consternada com a minha dor. Titubeie, mas fui ao encontro de minha nova “filhinha”.
Ísis tem hoje 9 anos e nós temos uma relação de amor e adoração muito intensos ela é meu “chicletinho” e minha filha menina, já que tenho um filho menino que nasceu 1 ano e meio depois de sua chegada. A relação dos dois é a típica relação de irmãos: entre tapas e beijos, disputas e ciúmes, principalmente do meu colo.
Não sei como vou reagir quando Ísis for para o céu dos gatinhos, não gosto de pensar na morte, apesar da sua inevitabilidade. Antes que aconteça, e eu preste mais uma homenagem póstuma, quero fazer o que acredito ser o correto: declarar meu amor aos outros, pessoas, bichos quando ainda estão vivos!

Março/2010.

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