Ando me sentido pequena, não no sentido de menor, no sentido de ser criança e de experimentar sensações típicas da fase: medo, insegurança, desconforto, ansiedade.
Queria alguém pra segurar minha mão e dizer:- Olha! se não der certo tudo bem, eu estou aqui com você!
A vida esta tragetória engenhosa nos distancia da infância a passos largos e rápidos.Queria a segurança do lar dos pais, aquele que lhe pertence, mas você não é responsável por ele, queria o cheiro gostoso do leite morno pela manhã preparado com tanto carinho pelo meu bisavô, seu Antônio. Queria o som do rádio e a voz do Zé Beto gritando: ACOORRDAAAA! E minha tia me trocando para eu não me atrasar... Não fui criada pelos meus pais até os 6 anos , morei com os bisavós e uma tia avó. Só depois pude morar regularmente com eles, velhos tempos, muitas dificuldades!
Hoje a mão que me socorre nas horas e angústia são a do meu filho e marido. São mãos minhas,amigas, mas não são mãos dos pais...